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Juros futuros recuam com apostas em alta da taxa Selic em abril

A ação do governo, vista como um paliativo para a inflação, somou-se ao fato de que, na semana passada, as taxas dos contratos futuros já haviam avançado de forma consistente.

Autor: Fabrício de CastroFonte: Estadão

Cenário ::

 A desoneração dos produtos da cesta básica, anunciada na noite de sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff, fez as taxas dos contratos futuros de juros de prazos mais curtos recuarem desde o início ontem. A ação do governo, vista como um paliativo para a inflação, somou-se ao fato de que, na semana passada, as taxas dos contratos futuros já haviam avançado de forma consistente. Com o movimento de segunda-feira, os investidores seguiram apostando em uma alta de pelo menos 0,25 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros) na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), sendo que as apostas numa elevação de 0,50 ponto porcentual diminuíram. Atualmente, a Selic está em 7,25% ao ano. A taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 fechou ontem a 7,83%, ante 7,96% de sexta-feira, enquanto o contrato para janeiro de 2015 marcou 8,54%, ante 8,66%.

Já o dólar à vista fechou em alta de 0,41%, cotado a R$ 1,9580 no mercado de balcão, após o Banco Central fazer um leilão de contratos de swap cambial reverso - equivalente à compra de moeda estrangeira no mercado futuro. Para os agentes financeiros, a intervenção do BC praticamente sancionou a ideia de que o piso informal desejado para a moeda americana é de R$ 1,950.

Na Bovespa, as ações de Vale e Petrobrás contribuíram para que o principal índice à vista virasse no fim dos negócios e terminasse em alta de 0,19%, aos 58.544,79 pontos. Petrobrás fechou com ganhos próximos de 3%, compensando em parte as perdas vistas entre os papéis de bancos e da OGX. Petrobrás ON teve alta de 2,93%, enquanto os papéis PN da estatal subiram 3,05%. No caso da Vale, o papel ON avançou 0,91% e o PNA teve ganho de 1,44%. OGX ON desabou 14,79%, em razão de dados de produção, referentes a fevereiro, considerados fracos.

Em Nova York, os principais índices de ações encerraram o dia em alta, apesar da agenda esvaziada nos Estados Unidos. Ainda vigorou entre os investidores o otimismo com o mercado de trabalho dos EUA, na esteira dos números divulgados na última sexta-feira. O índice Dow Jones subiu 0,35%, o Nasdaq teve ganho de 0,26% e o S&P 500 avançou 0,32%. Esta foi a sétima sessão consecutiva de ganhos do Dow Jones, na maior sucessão de altas desde 15 de março de 2012. As bolsas europeias, por sua vez, foram pressionadas para baixo pelo rebaixamento, pela Fitch, do rating da Itália e por dados fracos de atividade divulgados na China.

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