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A era da comunicação colaborativa

Para termos um resultado final satisfatório com a comunicação colaborativa é fundamental monitar, planejar, ouvir, engajar e mensurar.

Autor: Antonio SiqueiraFonte: Mundo do MarketingTags: empresarias

Antigamente, ter uma grande idéia muitas vezes era exclusividade dos “criativos” das agências de propaganda e sobre os ombros desse pessoal caia toda a responsabilidade de comunicar um determinado produto para o mercado. Cheguei a ver em muitas agências salas só para a dupla de criação, assim eles teriam mais liberdade e autonomia para materializarem suas idéias, em consequência disso, ficavam separados dos demais colegas de trabalho.

Há alguns anos, no entanto, temos visto que esse estereótipo da grande idéia ficar isolada numa sala caiu por terra abaixo e um dos fatores que contribuiu muito para essa quebra de paradigma foi o nascimento das chamadas “social medias”. Com elas, temos a participação direta do consumidor dentro do processo de planejamento, criação e produção, pois junto com as redes sociais nasceu um “novo” consumidor, que é formador de opinião, produtor de conteúdo e têm muito mais facilidade no acesso as informações.

Mas a Comunicação Colaborativa vai além da participação dos consumidores junto ao processo de composição da comunicação. Muitas empresas estão convocando também para fazer parte deste processo profissionais técnicos sobre o assunto que será desenvolvido. Em ma campanha de um determinado produto de beleza para gestantes, por exemplo, é interessante para a gestante ter um dermatologista dando dicas de como utilizar este produto, para que ela se sinta mais segura na tomada de decisão da compra. 

Claro que tudo não é um mar de rosas e as empresas precisam tomar muito cuidado para não ter dor de cabeça com esse processo colaborativo. Para termos um resultado final satisfatório com a comunicação colaborativa é fundamental monitar, planejar, ouvir, engajar e mensurar. Estes são ingredientes fundamentais para uma receita de sucesso. Caso contrário você corre um sério risco de ver a reputação da sua marca ser depreciada nos mais diversos canais de comunicação por seus próprios consumidores.

Outro ponto importante e que vale a pena ser destacado é a questão do filtro que se faz necessário para separarmos as informações que realmente vão agregar valor a sua marca e as informações que de fato são irrelevantes. O fato é que vivemos um momento muito complexo com relação à forma de como as empresas devem se comunicar com o mercado, pois os caminhos são muitos, mas nem todos são seguros. Neste mar de possibilidades e incertezas, penso que o caminho mais seguro sempre será o caminho da coerência nas informações e respeito aos desejos e necessidades dos consumidores.

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