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Queda do dólar em 2009 é a maior da história
A maior desvalorização antes deste ano havia sido em 2003, quando o dólar caiu 18,23% no período.
Giuliana Vallone
A desvalorização do dólar ante o real em 2009 já é a maior da história no País, de acordo com dados da consultoria Economática. A cotação da moeda americana caiu 18,52% até o dia 21 de julho, chegando a R$ 1,9043 na terça-feira. Em 31 de dezembro, a moeda era cotada em R$ 2,3370. Os dados se referem à cotação de venda para a Ptax, taxa média das cotações ponderada pelo Banco Central.
A maior desvalorização antes deste ano havia sido em 2003, quando o dólar caiu 18,23% no período. Em 2008, o valor da moeda subiu 31,94% em relação ao real, influenciado por uma forte saída de capital do País após o agravamento da crise financeira, em setembro.
Os dados da Economática mostram também que a queda na cotação do dólar é uma tendência em quase todos os países da América Latina em 2009. No Brasil ocorreu a maior desvalorização, seguido de Chile (16,88%), Colômbia (10,55%), México (3,94%) e Peru (3,12%). Apenas Venezuela, com variação zero, e Argentina, com valorização de 10,09%, não fazem parte do grupo.
Em todo o governo Luiz Inácio Lula da Silva até agora, entre 2003 e 21 de julho de 2009, o dólar caiu 46,1%, também a maior queda entre os países latino-americanos. Para Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, a tendência é o dólar continuar em desvalorização, puxada pela entrada no Brasil de capital financeiro e comercial. Com a entrada maior de dólares no País, a oferta da moeda aumenta e a tendência da taxa de câmbio é cair.
"A gente exporta mais do que importa, estamos recebendo mais recursos tanto em aplicações de renda fixa como em renda variável, e também muitos investimentos de empresas, que são investimentos diretos. Como aqui ainda tem muito espaço para desenvolvimento, ao contrário de países desenvolvidos, o crescimento de investimentos na indústria no Brasil é um caminho natural."
Para Battistel, alguns sobressaltos no exterior podem fazer com que o humor dos investidores estrangeiros piore e haja saída de recursos do País em certos momentos. "Mas, se você for traçar um cenário de longo prazo, a menos que mude alguma coisa - e eu não vislumbro isso -, a tendência é de queda" na cotação do dólar.
APLICAÇÕES
Com a desvalorização de 18,52% em 2009, o dólar ficou na lanterna das seis aplicações mais rentáveis no País. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) lidera o ranking, com valorização de 41,77% no ano, até 21 de julho. Os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) vêm em seguida, porém com retorno bem menor, de 5,88%. Depois, vêm poupança (3,71%), Ouro (-9,71%) e euro (-16,73%).
Em todo o governo Lula, a Bovespa também é líder, com alta de 372,43%. O CDI vem em segundo (160,75%). O dólar é o último, com queda de 46,10%.
A maior desvalorização antes deste ano havia sido em 2003, quando o dólar caiu 18,23% no período. Em 2008, o valor da moeda subiu 31,94% em relação ao real, influenciado por uma forte saída de capital do País após o agravamento da crise financeira, em setembro.
Os dados da Economática mostram também que a queda na cotação do dólar é uma tendência em quase todos os países da América Latina em 2009. No Brasil ocorreu a maior desvalorização, seguido de Chile (16,88%), Colômbia (10,55%), México (3,94%) e Peru (3,12%). Apenas Venezuela, com variação zero, e Argentina, com valorização de 10,09%, não fazem parte do grupo.
Em todo o governo Luiz Inácio Lula da Silva até agora, entre 2003 e 21 de julho de 2009, o dólar caiu 46,1%, também a maior queda entre os países latino-americanos. Para Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, a tendência é o dólar continuar em desvalorização, puxada pela entrada no Brasil de capital financeiro e comercial. Com a entrada maior de dólares no País, a oferta da moeda aumenta e a tendência da taxa de câmbio é cair.
"A gente exporta mais do que importa, estamos recebendo mais recursos tanto em aplicações de renda fixa como em renda variável, e também muitos investimentos de empresas, que são investimentos diretos. Como aqui ainda tem muito espaço para desenvolvimento, ao contrário de países desenvolvidos, o crescimento de investimentos na indústria no Brasil é um caminho natural."
Para Battistel, alguns sobressaltos no exterior podem fazer com que o humor dos investidores estrangeiros piore e haja saída de recursos do País em certos momentos. "Mas, se você for traçar um cenário de longo prazo, a menos que mude alguma coisa - e eu não vislumbro isso -, a tendência é de queda" na cotação do dólar.
APLICAÇÕES
Com a desvalorização de 18,52% em 2009, o dólar ficou na lanterna das seis aplicações mais rentáveis no País. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) lidera o ranking, com valorização de 41,77% no ano, até 21 de julho. Os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) vêm em seguida, porém com retorno bem menor, de 5,88%. Depois, vêm poupança (3,71%), Ouro (-9,71%) e euro (-16,73%).
Em todo o governo Lula, a Bovespa também é líder, com alta de 372,43%. O CDI vem em segundo (160,75%). O dólar é o último, com queda de 46,10%.