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Redução do IPI ajuda a obter a 5.ª alta seguida, mas em 12 meses recuo de 5,1% é o pior resultado desde 1991
Indústria volta a crescer, mas ritmo segue lento
Redução do IPI ajuda a obter a 5.ª alta seguida, mas em 12 meses recuo de 5,1% é o pior resultado desde 1991
A produção industrial acentuou os sinais de recuperação em maio, mas o ritmo permanece lento, com alta de 1,3% em relação a abril, a quinta taxa positiva consecutiva na comparação com o mês anterior. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram um efeito positivo importante da redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos).
Apesar da gradual reação em relação ao mês anterior, a indústria prosseguiu em declínio significativo na comparação com igual mês do ano passado, com queda de 11,3% em maio. O resultado do setor em 12 meses chegou a apresentar um recuo de 5,1%, o pior desempenho em 12 meses já contabilizado na pesquisa, iniciada em 1991. No ano, a queda acumulada até maio é de 13,9%.
A economista da coordenação de indústria do instituto, Isabella Nunes, avalia que os dados divulgados ontem "confirmam sinais de recuperação gradual da indústria".
Segundo Isabella, o setor chegou em maio a um nível de produção similar a junho de 2006. Em abril, estava ainda no nível de produção de abril de 2005, e no auge dos efeitos da crise sobre o setor, em dezembro do ano passado, a indústria havia recuado ao nível de 2004.
"O mais importante agora é manter a continuidade no crescimento", disse Isabella. Ela destacou que a elevada base de comparação do ano passado está influenciando as "quedas expressivas" da produção em relação a iguais períodos de 2008.
CONSUMO
Os bens de consumo duráveis apresentaram alta de 3,8% em maio ante abril, bem acima da média da indústria. Segundo Isabella, o desempenho dessa categoria confirma a importância do mercado interno na recuperação do setor industrial após a crise provocada pela turbulência no mercado internacional.
De acordo com a economista do IBGE, a desoneração de impostos e as promoções de vendas reduziram os estoques de bens duráveis e elevaram a produção.
O governo cortou as alíquotas do IPI dos automóveis em dezembro do ano passado e a medida prosseguirá em vigor pleno até outubro. A partir daí, as alíquotas voltam a subir gradualmente até janeiro do ano que vem.
No caso dos eletrodomésticos, a redução do imposto passou a vigorar na segunda quinzena de abril e também prosseguirá até o início do quarto trimestre.
A produção de veículos automotores aumentou 2% em maio em relação a abril (só a produção de carros cresceu 3,6%) e foi o segundo item mais importante a responder pelo crescimento da produção total da indústria.
LINHA BRANCA
Para os eletrodomésticos, não existem dados contabilizados em relação ao mês anterior, mas os produtos da chamada linha branca (geladeira, fogão e máquina de lavar), que foram os beneficiados pela redução do IPI, apresentaram alta de 0,9% ante maio do ano passado, a primeira taxa positiva nessa base de comparação apurada desde setembro de 2008, último mês de crescimento acelerado da indústria antes dos efeitos da crise.
Ainda na comparação com maio de 2008, a produção de automóveis prosseguiu em queda (8,5%), mas diminuiu o ritmo de redução em relação ao apurado no primeiro trimestre (17%) ante igual período de 2008.
Os bens de capital, que sinalizam os investimentos, prosseguiram em maio com os piores resultados da indústria e tiveram queda de 22,8% na produção na comparação com igual mês de 2008, além de uma alta abaixo da média (0,7%) em relação ao mês anterior.
A economista da coordenação de indústria do instituto, Isabella Nunes, avalia que os dados divulgados ontem "confirmam sinais de recuperação gradual da indústria".
Segundo Isabella, o setor chegou em maio a um nível de produção similar a junho de 2006. Em abril, estava ainda no nível de produção de abril de 2005, e no auge dos efeitos da crise sobre o setor, em dezembro do ano passado, a indústria havia recuado ao nível de 2004.
"O mais importante agora é manter a continuidade no crescimento", disse Isabella. Ela destacou que a elevada base de comparação do ano passado está influenciando as "quedas expressivas" da produção em relação a iguais períodos de 2008.
CONSUMO
Os bens de consumo duráveis apresentaram alta de 3,8% em maio ante abril, bem acima da média da indústria. Segundo Isabella, o desempenho dessa categoria confirma a importância do mercado interno na recuperação do setor industrial após a crise provocada pela turbulência no mercado internacional.
De acordo com a economista do IBGE, a desoneração de impostos e as promoções de vendas reduziram os estoques de bens duráveis e elevaram a produção.
O governo cortou as alíquotas do IPI dos automóveis em dezembro do ano passado e a medida prosseguirá em vigor pleno até outubro. A partir daí, as alíquotas voltam a subir gradualmente até janeiro do ano que vem.
No caso dos eletrodomésticos, a redução do imposto passou a vigorar na segunda quinzena de abril e também prosseguirá até o início do quarto trimestre.
A produção de veículos automotores aumentou 2% em maio em relação a abril (só a produção de carros cresceu 3,6%) e foi o segundo item mais importante a responder pelo crescimento da produção total da indústria.
LINHA BRANCA
Para os eletrodomésticos, não existem dados contabilizados em relação ao mês anterior, mas os produtos da chamada linha branca (geladeira, fogão e máquina de lavar), que foram os beneficiados pela redução do IPI, apresentaram alta de 0,9% ante maio do ano passado, a primeira taxa positiva nessa base de comparação apurada desde setembro de 2008, último mês de crescimento acelerado da indústria antes dos efeitos da crise.
Ainda na comparação com maio de 2008, a produção de automóveis prosseguiu em queda (8,5%), mas diminuiu o ritmo de redução em relação ao apurado no primeiro trimestre (17%) ante igual período de 2008.
Os bens de capital, que sinalizam os investimentos, prosseguiram em maio com os piores resultados da indústria e tiveram queda de 22,8% na produção na comparação com igual mês de 2008, além de uma alta abaixo da média (0,7%) em relação ao mês anterior.